Uma das minhas maiores paixões é o mundos dos games. Não só porque entretém, mas porque, na minha opinião, ele é capaz de proporcionar ao usuário total imersão ao que está sendo apresentando. É como assistir a um filme - que por sinal é uma das minhas paixões - mas, neste caso, você está no comando. Você é o personagem principal e toma as decisões. É desafiador. É instigante. É um estimulante à criatividade e à visão estratégica do mundo.
Por inúmeras vezes eu vou escrever sobre esse tema, aqui no blog. Mas, queria começar do começo. Então, vamos lá...
Eu tinha 8 ou 9 anos quando, pela primeira vez, tive meu primeiro contato com um video-game. Me lembro que era um dia de natal e meus pais esconderam, pela casa toda, diversos bilhetes contendo informações secretas que revelavam outros locais, e à medida que ia lendo esses recados, mais próximo chegava do presente. O último local, claro, era meu quarto, mais precisamente embaixo da cama. Tinha uma caixa embrulhada lá. Meu coração bateu forte e eu abri aquele presente desesperadamente. Quando vi, fiqueI maravilhado: eu tinha ganhado um dos primeiros consoles do mundo, um ATARI. Sim, um Atari. Antigo, né?! Rs. Pois bem, depois disso, minha paixão só foi aumentando.
Por volta dos 11, depois de ficar enfiado na casa dos meus primos jogando o até então incrível Super Nintendo, foi minha hora de também ter um console desse. Meus pais, mais uma vez, me deram de natal essa maravilha. Ah como era bom ficar horas e mais horas jogando Super Mário, Donkey Kong, Bomberman e jogos similares. Eu achava incrível a história, os personagens, os cenários. Esses games, com certeza, fizeram parte da infância/adolescência de boa parte das pessoas do mundo também.
Você pode não acreditar, mas, mais de 20 anos depois, eu ainda tenho esse console em ótimo estado de conversação. Está guardado, como uma relíquia. De lá pra cá, foi uma sucessão de atualizações que me permiti desfrutar. Do Super Nintendo pulei direto para PlayStation 2. Depois, foi a vez do 3. Logo na sequência, o 4. E, por fim, e o meu atual, o PlayStation 4 Pro, o qual trouxe, como um filho, de uma das viagens que fiz aos Estados Unidos, e o qual sou fascinado pela capacidade de hardware que ele tem.
Bom, mas todo esse amor não foi só porque ganhei um videogame chamado Atari dos meus pais e tudo começou aí. Tudo deu início quando, uma vez, há muito tempo, meu cunhado pediu para eu cuidar de uma LanHouse que ele tinha, apenas por uma noite, porque ele tinha um outro compromisso. Meu único objetivo era atender os clientes quando chegassem. Do contrário, eu poderia ficar mexendo no computador.
Depois de quase uma hora entediado, resolvi olhar as coisas à minha volta. Tinham muitos computadores e apenas dois CD de jogos. Um era um tal de Carmagedon e um tal de Tomb Raider II. Comecei com o primeiro. Minutos depois, saí. Era super violento e com uma história meio chata. Então, dei chance ao segundo que, para minha surpresa, me agradou muito.
Uma das minhas paixões também sempre foi arqueologia, mais precisamente ligada ao
Egito. Adoro saber sobre ruínas, tesouros e coisas do tipo. A personagem principal de Tomb Raider é um arqueóloga britânica chamada Lara Croft, e foi desenvolvida por uma empresa chamada Core Design, pelas mãos de Toby Gard, um cara muito criativo.
Naquela época, os gráficos eram tão reais que me deixava incrivelmente impressionado. Fiquei muito grato por não ter chegado nenhum cliente, porque a minha noite foi de pura diversão jogando esse título.
Como o jogo não era meu, tive que pagar para continuar a jogar em locadoras. Como nem sempre tinha dinheiro, então ficava lá olhando os outros meninos, que também gostam do jogo, jogar. Era demais. Ficava morrendo de vontade de assumir o controle da personagem.
Foi então que duas coisas boas aconteceram: primeiro, minha irmã mais velha comprou um computador e, segundo, seu namorado, hoje marido, fez uma cópia do jogo para mim. Foram tardes e mais tardes desbravando cada detalhe do game. Isso era em 1997, quando a Core Design tinha lançado o segundo jogo. O primeiro, tinha sido em 1996, trazendo uma revolução tecnológica para os videogames da época. Desde então, Tomb Raider nunca mais saiu da minha vida.
À medida que eu ia jogando, Tomb Raider ficava cada vez melhor. Foi uma sucessão de sucessos. Eu joguei o II, I, III e IV e, aí, anunciaram que iriam produzir um filme, com ninguém mais ninguém menos que Angelina Jolie, que até então, para mim, era uma atriz linda e talentosa, mas ainda não tinha roubado meu coração totalmente. Porém, quando eu a vi em um trailer do filme na pele de Lara Croft, eu arrepiei dos pés à cabeça. Ela era a perfeita saqueadora de tumbas. Bom, mas vou deixar isso para um outro artigo, porque, essa paixão merece um detalhamento maior. Rs.
De lá pra cá, foram lançados mais de 10 jogos e, mais de 20 anos depois, eu ainda continuo sendo fã da série, apesar de Tomb Raider dividir o meu coração com outros títulos, como, por exemplo, Uncharted, que também tem como tema principal a exploração arqueológica, e The Las of Us, uma verdadeira obra prima.
Essa paixão por Tomb Raider hoje é compartilhada com outros dois amigos: Marcos Vinícius e Giovani Zaghi, ambos de Ribeirão Preto, onde, juntos, geramos conteúdo para um site dedicado ao universo do game, em inglês, chamado Lara Croft Fans (http://www.laracroftfans.com/), e que é reconhecido oficialmente pela empresa desenvolvedora dos games atuais Crystal Dynamics, com sede na Califórnia, nos Estados Unidos. (tema abordado em outro texto do blog).
Eu era/sou tão fã da série que, quando me formei em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, minha Monografia foi sobre esse universo, com o tema: ‘Relações Intertextuais sobre a Série de Games, Filmes e Quadrinhos Tomb Raider’. Se a ideia era fechar os quatro anos de graduação falando sobre um tema que você gostasse, por que não tentar? Confesso que a paixão era tão grande que terminei meu trabalho bem antes do prazo e, modéstia à parte, com nota máxima da banca examinadora. O vídeo, de parte da apresentação - feita no antigo Flash, pode ser visto abaixo. Tá meio tosquinho, mas foi lá em 2008. De lá pra cá, muita coisa evoluiu. Rs.
Inclusive, ainda falando em conclusões de trabalho - e que está ligado indiretamente a Tomb Raider, quando me pós-graduei em Gerenciamento em Marketing e Inovação, o trabalho escolhido também foi sobre games, com o tema: ‘Playstation Vs X-box: a Guerra de Consoles que Dividem Opiniões’. Foi outro trabalho escrito bem antes do prazo devido à paixão, que sempre me moveu.
Games - mais precisamente Tomb Raider - foi um dos primeiros assuntos para ser abordado no site porque, de fato, é uma paixão. E que é de boa parte do mundo. Infelizmente, existe um número considerável de pessoas que tem vergonha de falar pras pessoas sobre essa admiração pelo mundos dos games por medo do que as pessoas vão achar: “game é coisa de criança”. Ah, meu amigo, me desculpa, mas essa ideia ultrapassada ficou lá atrás com os games que eram, de fato, feitos para crianças. Hoje, as coisas mudaram muito. Game é pra todo mundo. Game, por exemplo, ajuda muito meu lado criativo, estratégico e contribui, principalmente, no meu dia a dia para tomar decisões de forma rápida, sem arrependimentos. Todos os maiores artistas do mundo, os quais tenho enorme admiração, fazem parte desse mundo e não têm medo de abrir seu coração, assim como estou fazendo aqui! Além disso, já foi fonte de inspiração para diversos desenhos e pinturas dedicados à personagem Lara Croft, que você pode conferir aqui ao lado, como essa pintura em óleo sobre tela (1,60 x 0,80), que fiz em 2009.
Jogo, não nego, e não tenho nenhuma vergonha de expor isso às pessoas. E, não tem como negar - na minha humilde opinião - que pessoas que conheço que jogam videogame e as pessoa que não jogam têm atitudes muito diferentes no dia a dia. As que jogam conseguem pensar fora da caixa, sem angústia alguma, além de conseguirem expor suas ideias, sem receio de julgamento, um dos maiores medos das pessoas.
Você não consegue expor suas ideias porque tem medo de ser julgado? Uma boa ideia a menos pro mundo, infelizmente. Pense nisso! Nunca deixe de colocar pra fora as ideias que vem à sua cabeça, com filtro, claro. Elas podem ser incríveis e mudara sua vida. Ou a vida de uma pessoa que você gosta!
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