22 de abril foi é o “Dia da Terra”. Um ótimo momento para refletirmos. Então, sabe aquela expressão “Para o mundo que eu quero descer”? Então, infelizmente, não é possível, mas, que tal mudarmos um pouco para “Para o mundo que eu quero te entender”? Pois bem, a hora é agora. Ele está, historicamente, “parado”, mesmo que goela abaixo para você entender o que está acontecendo fora e dentro de você.
Aliás, gostaria de parabenizá-lo – e eu me incluo nesta situação: acabamos de ser promovidos para um novo mundo, a gente querendo ou não.
O planeta Terra é o lugar onde é a nossa casa e a casa de todas as pessoas que amamos. Tudo o que você tem e é, nunca mais, depois do coronavírus, será a mesma coisa. Estamos escrevendo um capítulo importante na história do mundo, assim como qualquer pandemia ou tragédia natural de grande impacto no planeta. Sempre seremos lembrados. Lembra da Gripe Espanhola, de 1918? Foi há mais de 100 anos e, com certeza, você não viveu aquilo (a menos que, hoje, você, caro leitor, tenha 102 anos. rs). Mas, certamente, você deve ter visto, por conta do coronavírus, alguma imagem, reportagem ou alguma referência.
O trabalho, o estudo, o lazer, a saúde, e até mesmo a alimentação, serão diferentes depois que esta pandemia passar. Ela chegou “de repente”, como um “tsunami”, para criar uma crise na saúde e na economia, mas também para nos fazer refletir. E, cabe a nós, seres humanos racionais, reconstruímos tudo. Do zero ou não.
E essa reconstrução não é somente ligada a coisas materiais. Está ligada à nossa reconstrução íntima. Por mais difícil que este momento esteja sendo, como você está passando por ela? Como está sendo para você estar trancado, como um prisioneiro, dentro da própria casa? Para os caseiros de plantão, a vida continua “a mesma”. Já para os mais agitados, essa mudança forçada tem causado um certo tédio e, até mesmo, uma certa desestabilização psicológica.
Uma das coisas que mais tenho observado nesse tempo de coronavírus é a capacidade do ser humano de reaprender, de se solidarizar. Nunca vimos tanto as pessoas ajudando umas às outras em tempos tão difíceis. Às vezes, tem gente que não tem nada sendo solidária com quem tem menos ainda. E isso é tocante de se ver. É um verdadeiro tapa na cara. Mas e as marcas?
Um outra coisa que me chamou muito a atenção também em tempos de pandemia foi a atitude de algumas empresas lidando com o seu principal ativo: sua marca. Perante ao caos, algumas companhias simplesmente tomaram – e ainda estão tomando – atitudes imediatas, como deixar de fazer qualquer tipo de comunicação, voltando à estaca zero, retrocedendo a um mundo que não existe mais. Já outras, enxergaram a comunicação como uma aliada neste período tão difícil e aproveitaram o momento para se reinventarem e, depois, comunicar isso. É natural do brasileiro ser criativo. Em tempos como este, então, a criatividade pulsa nas veias e nos faz movimentar, sair do lugar.
Ainda falando sobre marcas, nos últimos anos, o que mais ouvi e li em congressos de Marketing Digital que participei, por exemplo, foi “transformação digital” e como as empresas que não fizessem essa migração rápida poderiam deixar de existir.
Pois bem, esse processo lento e, muitas vezes doloroso para algumas empresas, fez com o que a crise na saúde e na economia causada pelo vírus adiantasse tudo rapidamente. Àqueles que já entendiam a necessidade da mudança e já vinham tomando medidas para migrar para esse “novo mundo”, parabéns. Agora, àqueles que simplesmente procrastinaram e deixaram para tomar uma decisão somente agora, porque literalmente a água bateu na bunda – desculpe-me a expressão – eu desejo boa sorte. Nunca é tarde para começar, mas este momento talvez seja o mais certo de todos. Transforme-se digitalmente e mude a sua forma de encarar o mundo.
E falando em digital, uma das coisas mais legais é saber que, no mundo pós-coronavírus, reuniões desnecessárias sempre serão evitadas. Teremos espaço para encontros – se forem presenciais – mais produtivos. Mas, se forem por vídeo então, melhor ainda. O lado positivo de tudo isso que está acontecendo, se olharmos com uma visão mais otimista – e acredito que é assim que devemos pensar – é saber que o mundo mudou, a gente querendo ou não. E uma coisa é certa: as pessoas estão mais conectadas: consigo mesmas e com as outras pessoas à sua volta.
Estamos em combate contra algo que não conseguimos enxergar, mas que é tão poderoso quanto uma guerra. Neste momento, nossas únicas armas, além do isolamento social, o uso de máscaras e, também, medidas de higiene para acabar com o vírus, é a mudança de pensamento, o otimismo e, acima de tudo, a mudança de atitude.
O mundo, depois da pandemia, nunca mais será o mesmo. Vença esta guerra fazendo sua parte, no conforto do seu lar, cuidando das pessoas que você ama e usando a arma mais importante e barata que você pode ter: água e sabão. Então, cuide-se e seja bem-vindo a um novo mundo.
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